O governo do primeiro-ministro português, Luís Montenegro, chegou ao fim após o Parlamento rejeitar sua moção de confiança nesta terça-feira, 11 de março de 2025. Com 142 votos contra e 88 a favor, sem abstenções, a queda do governo ocorreu após apenas 11 meses no poder, marcando um novo capítulo na instabilidade política de Portugal.
Motivos da Rejeição
A moção de confiança foi derrubada principalmente devido a questionamentos sobre a integridade de Montenegro em relação à empresa de consultoria Spinumviva, fundada por ele e atualmente administrada por seus filhos. A oposição, liderada pelo Partido Socialista (PS) e pelo Chega, argumentou que os negócios da família de Montenegro representavam um conflito de interesses incompatível com o cargo de primeiro-ministro.
Consequências Imediatas
- Governo Interino: O governo de Montenegro permanecerá em caráter interino até a convocação de novas eleições.
- Novas Eleições: O presidente Marcelo Rebelo de Sousa deve convocar eleições parlamentares após consultar os partidos, com a votação prevista para meados de maio de 2025.
- Terceira Eleição em Três Anos: Portugal se prepara para sua terceira eleição em pouco mais de três anos, refletindo a instabilidade política do país.
Papel dos Partidos
- Partido Social Democrata (PSD): Liderado por Montenegro, o PSD governava em minoria e dependia de alianças frágeis para aprovar medidas.
- Partido Socialista (PS): Principal força da oposição, o PS foi decisivo na rejeição da moção.
- Chega: O partido de extrema-direita também votou contra, aumentando a pressão sobre Montenegro.
- Iniciativa Liberal (IL): Único partido da oposição a apoiar a moção, alegando agir no interesse do país, não partidário.
Impacto na Política Portuguesa
A queda do governo de Montenegro reflete a fragilidade do cenário político em Portugal, onde governos minoritários e coalizões instáveis têm dificultado a governabilidade. A próxima eleição será crucial para definir o rumo do país, especialmente em meio a desafios econômicos e sociais.
O Que Esperar?
Com novas eleições no horizonte, os partidos já começam a se preparar para a campanha. O PS, como principal força oposicionista, é favorito para liderar um eventual novo governo, mas a ascensão do Chega e a fragmentação partidária podem complicar a formação de uma maioria estável.